domingo, 27 de fevereiro de 2011

Calendário de Pesca 2011


A lua e sua Pescaria

Muito se fala sobre a influência da lua e das marés na produtividade da prática da pesca. São realmente fortes influências, que tentaremos explicar com simplicidade e clareza para aqueles que não sabem como estes elementos interferem na pesca. São conhecimentos imprescindíveis para qualquer pescador esportivo.

A interferência da lua nas marés

O movimento da marés tem causa nas atrações gravitacionais existentes entre a Terra, a Lua e o Sol. O posicionamento da Lua e do Sol em relação à Terra determinam como se comportam os níveis do mar, e conseqüentemente dos rios e canais litorâneos. Por isso, temos as marés grandes e pequenas, ou comumente chamadas de marés vivas e mortas.

Em qual lua eu vou pescar?

Afirmar categoricamente qual melhor maré ou lua para se praticar a pesca é algo impossível. Entretanto, é fato que nas chamadas marés pequenas mortas, que acontecem quando a Lua está em fase minguante ou crescente, a correnteza é menor, facilitando o posicionamento das iscas onde se deseja. Outro fato, é que nestas marés, os peixes terão uma área menor a circular na sua busca por alimentação, já que teremos um considerável volume água a menos nas áreas de pesca. Em verdade, seguindo estas considerações, podemos dizer que nas luas de quarto, ou nas marés mortas, a produtividade da pesca tende a aumentar. Mas não podemos esquecer que as variantes existentes em função dos lugares, das espécies de peixes, entre outras, podem modificar esta colocação e, por isso mesmo, nunca devemos desprezar a análise de conhecedores da região onde se pretende pescar.
Em outras palavras, se quiser fazer um estudo antecipado do local de pesca desejado, faça um cruzamento da tábua de maré com o calendário lunar, veja quando ocorrerão as marés mortas, mas não esqueça de consultar um pescador nativo da região. Existem peixes que costumam ser mais encontrados em marés vivas, dependendo do local

    Fonte: guiadapesca.com.br

Ibama conclui as Operações Rios Federais I e Cichla em Goiás

Estas ações serão ampliadas e intensificadas tanto em Serra da Mesa quanto no Rio Araguaia

O Ibama-GO desencadeou entre os dias 10 e 19 de fevereiro duas operações de fiscalização estabelecidas no Planejamento de Proteção Ambiental – PNAPA 2011-Dipro/DGPA na região do Rio Araguaia (Operação Rios Federais I) e do Lago de Serra da Mesa (Operação Cichla) , com a finalidade de verificar, inspecionar, fiscalizar e coibir as atividades irregulares, resultando em multas aplicadas e apreensão de diversos equipamentos.
Na região do Rio Araguaia na “Operação de Fiscalização Rios Federais I” os agentes de fiscalização deste Instituto, com o apoio de agentes da Polícia Civil, realizaram vistorias entre Aruanã e Luiz Alves (São Miguel do Araguaia).
No mesmo período agentes do Ibama-GO e da Polícia Federal-PF realizaram a “Operação Cichla” (nome científico do Tucunaré), na região do Lago de Serra da Mesa, com o objetivo de disciplinar a pesca esportiva e coibir a pesca predatória naquele lago, principalmente no período de defeso/piracema, aplicando multas e apreendendo equipamentos diversos.
Em barreiras montadas em rodovias foram vistoriados veículos, sendo que houve a apreensão de peixes e redes de pesca. Nos bares e restaurantes flutuantes da orla do lago em Uruaçu os agentes também apreenderam peixes de origem ilícita.
Além de aproximadamente meia tonelada de peixes, foram apreendidos ainda materiais predatórios diversos (pindas; espinhéis; gaiolas e espingardas). Dois barcos; quatro motores de popa; um reboque e um freezer também foram apreendidos e de acordo com a legislação ambiental vigente dificilmente serão devolvidos aos infratores.
Além da cooperação das Polícias Federal e Civil, o Ibama-GO contou com a parceria da Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva – Anepe na operação ocorrida no Lago de Serra da Mesa.
Segundo o Superintendente do Ibama-GO, Ary Soares, além de agradecer o apoio da Polícia Federal, da Polícia Civil e da Anepe, informa que os peixes apreendidos foram doados para instituições de caridade. Redes, espinhéis e outros materiais predatórios serão destruídos. Barcos e motores de popa poderão ser utilizados no fortalecimento do combate a crimes ambientais em parceria com o estado e municípios.
O presidente da Anepe, Hélcio Honda, informa que a parceria Ibama-GO e Anepe, embora já com bons resultados, foi experimental e que doravante também serão desenvolvidas ações, que visem a geração de conhecimento e articulação institucional, conforme previsto no Termo de Cooperação Técnica firmado com o Ibama/GO. E que estas ações serão ampliadas e intensificadas tanto em Serra da Mesa quanto no Rio Araguaia.

Fonte: guiadapesca.com.br

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Massas de pesca para todos os peixes


São receitas testadas, mas todos os pescadores têm seu toque pessoal, modificá-las para melhor, colocar ou substituir um ingrediente, fazendo testes práticos é muito bom, o importante que no final a receita funcione e que se fisgue muitos peixes.
Para atrair os peixes no local onde estiver pescando, é necessário fazer uma ceva com a própria massa, misturada com quirera (milho moído) jogar na água 30 minutos antes de iniciar a captura. Boas pescarias.
Massa de fundo para todos os peixes
- Um quilo de ração de peixe moída;
- 200 g de farinha de mandioca;
- 100 g de farinha de trigo;
- Usar água até dar liga.
Pode adicionar: suco de goiaba ou maracujá, groselha ou queijo ralado.
Massa para pesca de carpas usando Missô
- Um quilo de batata doce;
- Um copo de açúcar refinado;
- ½ quilo de milharina;
- ½ quilo de farinha de mandioca crua;
- 300 g de missô.
Descascar as batatas, cozinhar na panela de pressão, esfriar e espremer “no espremedor de batatas”, misturar a batata com a milharina, mais farinha de mandioca e amassar bem, vai ficar uma bola dura. Colocar o açúcar mais o missô. Amassar bem aí vai dar liga e chegar no ponto de uso.
Massa para peixes redondos
- Um pacote de refresco em pó (morango, uva, etc);
- Um quilo de farinha de mandioca crua;
- 500 g de farinha de trigo;
- Um pacote de queijo parmesão ralado.
Misturar, fazer bolinhas, e cozinhar em água fervente até que as mesmas subam. Após o cozimento, passar em farinha e acondicionar para utilização.
Massa rápida
- Dois miolos de pão francês fresco;
- Um queijo polenguinho.
Amassar bem o miolo do pão com o queijo polenguinho. Fazer no dia da pescaria. Massa boa para lambaris, pacu-prata, piau etc.
Carpas em geral
- Um quilo de batata doce espremida;
- 200 g de açúcar cristal;
- 200 g de farinha de mandioca;
- 10 paçocas de amendoim.
Carpa-cabeçuda
- Um quilo de batata doce sem casca (espremer com as mãos);
- 200 g de farinha de mandioca;
- 100 gs de açúcar cristal;
- 10 paçocas de amendoim.
Juntar tudo sem amassar muito, massa sem liga. Não usar água.
Carpa húngara
- Um quilo de batata doce;
- 200 g de açúcar cristal;
- 300 g de farinha de mandioca;
- 10 paçocas de amendoim.
Amassar bem, dar bastante liga. Se necessário colocar água.
Massa para carpas “em represas”
- Farinha de mandioca (meio a meio) e farinha de milho (meio a meio);
- Açúcar;
- Corante para doces de cereja ou morango;
- Água mineral ou do lago.
Preparo: Ferver a água com açúcar (bem doce). Farinha de milho mais água quente, aos poucos, mais farinha de mandioca, corante, mexer e amassar bem até dar liga.
Carpas húngaras e capim
- Um quilo de batata doce;
- 200 g de farinha de mandioca;
- 50 gr de Karo ou mel;
- 15 paçocas;
- 100 g de farinha de trigo;
- 200 g de ração flutuante ume-decida.
Amassar bem, dar bastante liga.
Massa para carpas “na Natureza”
- Seis copos do tipo americano de farinha de milho;
- Três copos do tipo americano de farinha de mandioca crua;
- Cinco copos de açúcar.
- Dois litros de água mineral ou da represa
Preparo: Ferver a água com o açúcar, desligar o fogo, colocar a farinha de milho, mexer bem, em seguida colocar a farinha de mandioca, mexer e amassar até dar liga.
Atenção: Fazer a ceva com milho maduro e pedaços de mandioca, acondicionar em pequenos sacos de tela.
Hoje também se pesca com milho maduro cozido, colocar em um vidro com a sua água para azedar.
Pacu
- Um quilo de ração para peixe (bater no liquidificador) úmida;
- 100 g de queijo ralado;
- 200 g de farinha de mandioca crua;
- 100 g de farinha de trigo.
Amassar bem, caso for necessário use água do lago até dar ponto.
Massa com borra de café para Pacu
- Um quilo de farinha de mandioca crua;
- 300 g de farinha de trigo;
- 200 g de borra de café.
Preparo: Misturar bem a farinha de mandioca junto com a farinha de trigo e a borra de café. Coloque água aos poucos, vai amassando até dar liga, quando estiver no ponto faça bolinhas do tamanho de um coquinho, colocá-las aos poucos em uma panela de água fervente, deixar cozinhar até as bolinhas boiarem, retire e deixe secar sobre um pano.
Fazer as bolinhas na noite que antecede a pescaria.
Tilápias, Carpas Capim, Húngara e Espelho e Catfishs
- Três quilos de ração de peixe Guabi, comum em pó;
- Um quilo de ração de peixe Guabi, carnívora em pó;
- ½ quilo de farinha de peixe;
- ½ quilo de farinha de sangue;
- 550 g de açúcar cristal.- 700 gramas de farinha de mandioca crua
- Uma colher de chá de corante vermelho
Fazer a massa com a água do lago.
Curimbatá, Curimatá e Papa-terra
Fazer uma ceva com farinha de trigo, água do rio, misturar e bater bem com a mão, vai ficar um leite grosso.
Massa: farinha de trigo, água do rio, misturar e amassar bem, ficar a ponto de fios, fazer fios e enrolar no anzol.


Piscicultor financia R$ 18 milhões para criar projeto mais moderno da Amazônia


“A piscicultura tem todo o apoio do Governo do Estado. É uma atividade que não oferece pressão ao meio ambiente, pelo contrário, recupera áreas alteradas” disse o governador Tião Viana (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Na Fazenda Três Meninas o gado ainda tem espaço, mas a bola da vez é uma espécie bem menor, o peixe. A piscicultura é a aposta que promete alta lucratividade, sustentabilidade ambiental e um mercado a perder de vista. No último sábado o produtor Miguel Fernandes assinou a primeira etapa de um financiamento ousado com o Banco da Amazônia: R$ 18 milhões para investir em tanques, tecnologia e uma unidade beneficiadora dentro da propriedade.
O peixe, além de mais lucrativo, explica Fernando Fernandes, da Fazenda Três Meninas, gira mais rápido. Enquanto o boi demora até três anos para atingir o ponto de abate, o peixe leva oito meses para dar resultados. A estimativa é que a cada cliclo sejam retiradas duas mil toneladas de peixe, dando um total, calculado com base apenas no mercado interno, de R$ 10 milhões. Numa venda para o exterior, onde o quilo do tambaqui chega a 25 dólares, esse valor triplicaria. O lucro líquido é pelo menos 40% deste total.
O peixe da Amazônia, considerado produto gourmet nos Estados Unidos e muito bem cotado em mercados da Europa e Ásia, está se mostrando uma indústria rentável no Acre. E a piscicultura tem todo o apoio do Governo do Estado. “É uma atividade que não oferece pressão ao meio ambiente, pelo contrário, recupera áreas alteradas. É uma alternativa aos produtores que não precisam derrubar ou queimar para produzir. Podemos plantar espécies como o açaí ao redor dos açudes e tudo isso cuidando do meio ambiente e desenvolvendo a economia. É por isso que estamos apostando tanto no peixe e vamos incentivar pequenos, médios e grandes produtores a entrar neste negócio”, ressaltou o governador Tião Viana.
No projeto da Fazenda Três Meninas aprovado pelo FNO serão financiados ao todo 220 hectares de lâmina d’água, com contrapartida do proprietário, e um frigorífico. Os peixes produzidos a partir do laboratório de alevinagem instalado na fazenda, serão criados e engordados nos tanques com tecnologia de ponta e beneficiados na propriedade. Sairão de lá prontinhos para preencher as gôndolas dos supermercados e embarcar nos conteiners que sairão dos portos do Pacífico para os mercados da Europa, China e Estados Unidos, onde um quilo de peixe amazônico custa até 18 euros. Este é o projeto mais moderno de piscicultura da Amazônia.
“Os número do Acre são muito animadores. Este ano já temos R$ 60 milhões prospectados para a piscicultura e nossa meta é atingir R$ 300 milhões contratados pelo FNO”, disse o superintendente do Banco da Amazônia, Marivaldo Melo.
A piscicultura é a aposta do governo do Estado que promete alta lucratividade, sustentabilidade ambiental e um grande mercado (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Além dos 220 hectares que estão sendo abertos – 50% da primeira etapa já está pronta –, na fazenda há cerca de 300 hectares de lâmina d’água que estão sendo transformados em tanques com uma tecnologia mais adequada.
Miguel Fernandes, proprietário das Três Meninas, começou a investir em gado e peixe há 15 anos. Com o tempo, a abertura de novos mercados e a pressão das tecnologias, o produtor se rendeu e decidiu profissionalizar a piscicultura.
“Eu não deixei de investir no gado, que sempre terá espaço na fazenda. Mas o peixe dá um retorno bem mais rápido e alta lucratividade. Nós temos demanda no mercado para atender, temos o Peru que já está comprando peixe no Acre e todos os mercados que podem ser conquistados através dos portos do Pacífico”, disse Miguel.

Fruta, gado e peixe: a ordem é aproveitar o espaço

Ao lado da criação de gado e do alto investimento na piscicultura, o proprietário já adquiriu 50 mil pés de manga e vai plantar açaizeiros nas margens dos açudes. Buriti e milho verde não ficaram de fora. “A piscicultura vai enriquecer a fazenda em nutrientes. Ela é uma verdadeira fábrica de fertilizantes e vai servir para melhorar o solo e torna-lo mais propício para o desenvolvimento das frutas”, disse Jenner Menezes, engenheiro de pesca da Biofish, consultoria especializada que presta serviços para o projeto.

Mercado

O peixe da Amazônia é considerado produto gourmet nos Estados Unidos e muito bem cotado na Europa e Ásia (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Se antes o principal produto da Fazenda Três Meninas era o gado, agora quem dá as ordens são os peixes. Isso porque o mercado, que é global, não tem sua demanda atendida. “Amazonas, Tocantins e Mato Grosso compram uma carreta de peixe de 22 toneladas por semana. Eles vêm buscar no Acre e em Rondônia e não estamos conseguindo abastecê-los. Isso sem falar no mercado sulista”, explica o engenheiro de pesca Jaire Menezes Júnior. Além do mercado brasileiro, que precisa comprar peixe de fora para suprir sua demanda, há os mercados da Europa, Ásia e Estados Unidos.